domingo, 8 de agosto de 2010

É isto vida,
Penso que não,
É uma ida,
Sem autorização.

Não se está cá,
Assim parece,
Já se está lá,
Quando acontece.

Que quarto escuro,
Encontraste tu,
Parece duro,
Como um urubu.

Na janela há sol,
Mas tu não o vez,
Sentes-te mole,
O que Deus te fez.

Sinto a revolta,
No meu coração,
Quero-te de volta,
E que me dês a mão.

Quero um sorriso,
De que me reconheces,
Mas para isso era preciso,
Descobrir se já me esqueces.

Apetece-me fugir,
Mas para quê,
Só posso sorrir,
E aguardar com fé.

A minha vez,
Também vai chegar,
Às 2 por 3,
Nem vou detectar.

Não podemos ter medo,
Do que para ai vem,
Pois assim vem cedo,
E apanha-nos bem.

Um dia de cada vez,
Tem de ser o lema,
Às 2 por 3,
Deixou de ser tema.

(Homenagem à Tia V)

Sem comentários:

Enviar um comentário